A constelação sistêmica familiar destaca-se como uma abordagem valiosa diante das questões que permeiam nossa vida, seja no âmbito familiar, profissional, acadêmico ou em outros grupos aos quais estamos vinculados. Você já se viu envolvido(a) em conflitos que parecem não ter fim, seja no trabalho, na academia, na escola ou em outros contextos?
Ou talvez você apresente uma queixa persistente, uma questão que teima em permanecer sem solução? Sabemos que em cada sistema, como a família, cada membro desempenha um papel específico, e, quando esses papéis estão desordenados, surgem diversos conflitos. É aqui que entra a constelação sistêmica familiar, uma técnica psicoterapêutica breve que promete trazer um novo olhar ao abordamos esses problemas.
O sistema familiar como base
A constelação sistêmica familiar é uma técnica de terapia individual ou em grupos com representantes. Seu fundamento é o pensamento sistêmico, que entende a família como um sistema, onde cada membro desempenha um papel específico. Quando essa estrutura é desrespeitada, surgem os conflitos caracterizando uma família disfuncional. Se você quer saber mais sobre a constelação familiar, sugiro a leitura deste post aqui.
A técnica trabalha com foco na ressignificação das situações que geram sofrimento, buscando entender as raízes dos conflitos familiares. Ao considerar a importância da ordem, hierarquia, pertencimento – que são as Leis do Amor que fundamentam a constelação – e funções específicas dos membros, a constelação sistêmica familiar visa trazer à tona a verdadeira causa dos conflitos.
Ampliando o olhar para além da família nuclear
A constelação sistêmica familiar não se limita, portanto, à família nuclear. Ela se estende para analisar o sistema familiar ampliado, incluindo amigos, comunidade e outros contextos sociais envolvidos na queixa trazida para constelar. Entender o cliente como parte de uma sociedade é importante para propor intervenções que lidem com os sistemas geradores de sofrimento.
Dessa forma, a grande força da terapia sistêmica é observar o sujeito em seu meio, considerando seu contexto familiar e sociocultural. Isso proporciona uma visão mais abrangente das relações, das dificuldades, dos problemas e das soluções.
Constelação sistêmica familiar: aplicações
A constelação sistêmica familiar pode ser aplicada de forma individual, como na constelação familiar individual com bonecos; em grupo, com representantes, e, também, como acontece com alguns consteladores, em casais.
Ao propor a análise da queixa sob um novo espectro, de forma sistêmica, e “enxergando” a questão de vários ângulos possíveis, a terapia de constelação sistêmica familiar foca em compreender e modificar os nossos padrões de relacionamento.
O que sabemos é que a forma com que pensamos, sentimos e agimos têm a ver com a forma com a qual aprendemos a (re)agir na vida: com os modelos que tivemos de nossos pais, cuidadores ou aqueles que exerceram a função materna e paterna durante nossa infância e adolescência.
Mudança consciente visando à quebra de padrões doentios
Assim, analisar se esses modelos são saudáveis, compreender o significado que damos a tudo o que nos envolve, seja o amor, o que é ser pai, mãe, filho, companheiro(a), chefe, trabalho etc. traz luz para uma nova interpretação e, consequentemente, pode criar uma realidade diferente.
Quando há uma mudança consciente no comportamento individual, isso gera consequentemente uma transformação no funcionamento do sistema familiar e dos demais. É o que Bert Hellinger chama de boa e má consciência: ao rompemos com um padrão e com expectativas geradas sobre nós, saímos da “boa” para a “má” consciência.
Quando esse padrão (que gera sofrimentos e desgastes emocionais) é rompido, seguimos adiante com uma nova consciência e postura; ou seja, com um caminho mais saudável para a vida. Por essa razão, a constelação é um processo que visa criar vínculos mais saudáveis nas nossas relações.
Constelação familiar sistêmica: da teoria à prática
Na prática, a constelação sistêmica familiar é uma abordagem que trabalha com foco na questão trazida para constelar. O constelador auxilia o cliente a organizar os seus sistemas nos quais está inserido, ligados à questão principal, visando à sistematização dos eventos que afetam sua vida. O foco não está, portanto, no sintoma do cliente, mas na mudança e/ou aprendizado dos novos padrões de relação nos contextos afetivos, profissionais, sociais e familiares.
A queixa trazida como mote da constelação servirá como uma “luz”, que guiará a constelação. Contudo, ao introduzir os elementos (bonecos) no campo, sejam eles representativos dos pais, filhos, avós, tios, enteados, colegas de trabalho etc., o constelador tem em mãos ferramentas para analisar os referidos padrões do cliente.
Ao indagá-lo, sempre com perguntas poderosas e questionadoras, o constelador vai, aos poucos, promovendo uma nova tomada de consciência quando, ao mesmo tempo, vêm à tona, pelo posicionamento dos bonecos, lealdades invisíveis, exclusões, julgamentos, traumas etc. que são, por si, os alvos da investigação do constelador.
Ferramenta para o autoconhecimento
Ao trazer à tona as dinâmicas e os padrões ocultos, a constelação familiar sistêmica oferece uma oportunidade para transformação do ser e, por isso, é também uma excelente ferramenta para o autoconhecimento, que proporciona harmonia, compreensão e ressignificação dos nossos relacionamentos.
Se você busca uma mudança consciente e resultados duradouros, a constelação familiar sistêmica pode ser o caminho para uma vida mais harmoniosa. Se quiser fazer sua constelação familiar online comigo, me chame no WhatsApp.
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