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Luto e Constelação: O Que Sustenta o Sofrimento?

O luto, geralmente marcado pelas emoções e desafios da perda, é uma experiência que toca profundamente a todos nós. Seja diante da partida de entes queridos, pais ou na vivência dolorosa da perda gestacional, o luto se revela como uma dor que exige enfrentamento. É nesse contexto que a constelação familiar se destaca oferecendo uma nova perspectiva para esse delicado processo.

Luto é a não-aceitação da realidade

Bert Hellinger, criador da constelação familiar, adverte que aqueles que evitam o enfrentamento do luto, que não dedicam o tempo necessário para viver a despedida, encontram-se aprisionados. “Por que muitas vezes a gente quer morrer?”, pergunta Hellinger. “Porque nós não aceitamos a realidade”, ele diz, ao nos convidar, assim, a refletir sobre a surrealidade da própria vida.

O medo da dor, como também o medo do amor não correspondido, nos impulsiona a fugir dessas emoções, criando uma resistência a experiências que, embora desafiadoras, são fundamentais para nosso crescimento emocional. Aqui, a constelação familiar surge como um caminho para olhar de frente as dores do luto e do amor daquele que se foi, permitindo que esses sentimentos, embora difíceis, sejam novamente vivenciados.

O enfrentamento do que realmente nos amedronta

No campo da constelação, confrontar o que tememos enfraquece esse medo. Os movimentos conduzidos nesse processo nos levam a encarar de frente aquilo que tanto nos amedronta. Não se trata apenas de desvelar a dor reprimida, mas também de reconhecer o amor que sustenta essas experiências.

Culpar alguém pela morte de outrem, como também manter raiva daquele que já se foi, são indicadores de um luto não vivenciado em sua plenitude. Vivenciar o luto de forma integral é concordar com o destino daquele que se foi, aceitando suas escolhas e tudo o que precisava ser. Foi como foi!

Desfazendo-se do preto do luto

Nesse processo de conscientização e elaboração do luto, destaca-se também a importância de se utilizar roupas coloridas como ferramenta para sair dele. Roupas predominantemente escuras, que denotam uma vida fechada, tornam-se símbolos de um luto contínuo. A constelação familiar, ao proporcionar uma experiência física, emocional, intelectual e espiritual enfraquece, assim, o poder da dor e do luto, abrindo caminhos para novas perspectivas e emoções

Se você experiência um luto interminável, sofrido, que lhe consome as forças, a pergunta que se faz é: para que você realmente vive esse luto? Para quem você o vivencia? Com quem você ainda não teve oportunidade de expressar o quanto o ama? A raiva da morte, muitas vezes presente no coração daqueles que experienciam o luto pode, por vezes, ocultar um amor não dito. O processo de constelação oferece a oportunidade de expressar esse amor, mesmo que a pessoa não esteja mais fisicamente presente.

luto

O amor sempre permanece; a dor precisa ser enfrentada

Como você avalia o significado do luto em sua vida? Já considerou que olhar para o amor, por trás das dores, pode ser uma jornada transformadora? A constelação familiar se revela como uma bússola nesse caminho, guiando-nos em direção à aceitação e à libertação das amarras do luto não vivenciado.

A vida, mesmo em sua surrealidade, é uma experiência que vale a pena ser vivenciada plenamente, enfrentando a dor e abraçando o amor, que sempre permanece. Assim, a constelação familiar destaca não apenas a necessidade de enfrentamento do luto, mas a exigência desse processo para se alcançar a verdadeira plenitude.

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