A Constelação como farsa ou Ferramenta de Transformação
Constelação familiar é farsa? Adentrar o universo da constelação familiar é mergulhar também numa jornada de questionamentos e controvérsias. Alegações de que esta prática concebida por Bert Hellinger seria uma farsa, carente de fundamentação sólida, desencadeiam um vigoroso embate.
Analisando críticas que vão desde a falta de bases filosóficas sólidas até a incerteza sobre a validade de seus resultados, surge uma questão pontual: seria a constelação uma abordagem terapêutica legítima ou mero artifício pseudoterapêutico?
Entre as vozes céticas, a constelação é acusada de fragmentar problemas e, paradoxalmente, transferir responsabilidades servindo como subterfúgio para evitar a confrontação direta com nossas complexas questões. No entanto, entre seus defensores, ela é vista como valiosa oportunidade de compreender os padrões familiares e desfazer emaranhamentos para alcançar harmonia, reconciliação e vinculações saudáveis.
“Falta” de Eficácia e Legitimidade versus Aplicação com Resultados Positivos
À medida que examinamos críticas que questionam também suas raízes filosóficas e até mesmo a validade de seus resultados, a incerteza se instala para alguns. Alegações de falta de sistematicidade, ausência de embasamento científico e questionamentos sobre a formação dos consteladores permeiam o debate, lançando dúvidas sobre sua eficácia e legitimidade.
Num cenário mais amplo, a constelação transcende os limites dos consultórios terapêuticos, penetrando nos corredores judiciais, escritórios, empresas e até consultórios médicos. A sua utilização no judiciário para a composição de conflitos, também bastante debatida e rechaçada, aliada ao seu emprego em outros variados contextos, sustenta o argumento de que sua aplicação vai além do meramente terapêutico.
Ainda no judiciário, observa-se um aumento no número de acordos, redução de conflitos e consequente diminuição da rejudicialização dos processos. Em consultórios médicos, emerge como ferramenta para desvendar raízes emocionais de doenças físicas, oferecendo uma abordagem integrada e holística para a saúde. Como terapia sistêmica breve, a constelação auxilia pessoas mundo afora no caminho de ressignificação e cura, seja nos atendimentos em grupo com representantes, seja nas sessões individuais.
Mito ou Verdade? Leia a série de posts sobre as principais críticas à constelação
Essa multifuncionalidade, no entanto, não é suficiente para dissipar as críticas contra a constelação. Se, por um lado, ela desvenda padrões familiares, trazendo alívio e compreensão, por outro, permanece como uma prática permeada de dúvidas, desafiando para alguns a compreensão da terapia convencional.
Diante desse debate, cabe a cada um explorar suas facetas e formar sua opinião sobre se a constelação é mesmo uma farsa ou mais uma das várias possibilidades de transformação e, por que não, composição de conflitos. Entre as várias pesquisas que fiz para a escrita desse post, de vídeos no Youtube a podcasts, artigos e blogs, destaco três que me chamaram bastante atenção:
“A desmitificação da constelação familiar no âmbito do direito”, escrito por Aline Mendes Mota, presidente da Comissão de Direito Sistêmico do Instituto Brasileiro do Direito das Famílias – IBDFAM, em 6 de dezembro de 2023.
A desresponsabilização do Agressor/Abusador, nas Varas de Família e de Violência Doméstica, com uso da Pseudociência – Constelação Familiar. Live veiculada no Facebook pelo canal Coletivo de Proteção à Infância Voz Materna, em 12 de agosto de 2020.
Audiência Pública realizada no Senado Federal sobre Constelação Familiar e Cura Sistêmica, transmitida pela TV Senado, em 24 de março de 2022.
É neles, e também na minha experiência, que baseio as informações para ajudar você a formar sua opinião: A Constelação Familiar É Mesmo Uma Farsa ou Pode te Ajudar? Para facilitar a leitura, esta série “mito ou verdade” está dividida em dez posts. Vamos começar pelo primeiro, que a coloca a taxa como pseudociência? Clique aqui para acessar “É pseudociência, não se prova cientificamente e baseia-se em opiniões pessoais”.
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