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Terapia Com “Ranço Machista” Sem Reconhecimento dos Donselhos

Entre críticas que abordam, por exmplo, o apelo da constelação ao cultismo, sendo coisa de “espírito” com sucesso no Brasil devido à religiosidade do brasileiro, a questão que se coloca é se essa terapia seria mesmo uma farsa ou algo legítimo. O debate persiste, e neste post, que faz parte da “série” Mito ou Verdade?  A Constelação Familiar É Mesmo Uma Farsa ou Pode te Ajudar?, te convido a explorar mais um tópico deste tema: o “ranço machista” presente nesta terapia, sem reconhecimento dos conselhos de Psicologia e Medicina. O primeiro, introdutório e com os links para os demais você confere aqui.

Outro ponto debatido é a visão “patriarcal” e “machista” nas constelações destacando-se a “hierarquia tradicional, com o pai como figura superior”. Cultiva-se a ideia de que ele está sempre certo e merece obediência, independentemente de suas ações, incluindo-se aí situações de abuso. Essas vozes apontam para o ranço machista, mencionando que Hellinger considera apenas a família tradicional em suas abordagens, ignorando a diversidade familiar contemporânea.

Relações saudáveis com proteção e valorização de todos

A constelação se destaca como instrumento eficaz no enfrentamento de questões sensíveis, promovendo um ambiente de cura e consciência, que contribui para a construção de relações familiares mais saudáveis e justas. Sua prática, conduzida por profissionais comprometidos, desempenha papel fundamental na proteção e valorização de todos, principalmente as mulheres, pois opera sob o princípio do pertencimento: homens e mulheres compartilham igualmente desse direito. Sua abordagem séria afasta, assim, qualquer inclinação para uma simples militância ideológica.

No contexto de vítimas de violência doméstica, a constelação se apresenta em consonância com os direitos humanos e como ferramenta para acolhimento às vítimas e posterior responsabilização dos agressores. O trabalho que é realizado com os agressores, por meio de dinâmicas sistêmicas familiares, auxilia a esclarecê-los e conscientizá-los a romper com os padrões tóxicos e disfuncionais e a respeitarem as mulheres o que, por conseguinte, evita a reincidência deles.

Já o combate à revitimização por meio das constelações e dinâmicas sistêmicas fortalece e traz justiça às mulheres envolvidas. Não há espaço para falas que atribuem à constelação, especialmente no judiciário, viés machista ou patriarcal. Estamos sob a égide do Direito que, conforme o artigo 5º da Constituição Federal, estabelece a igualdade perante a Lei. Essas afirmações chegam mesmo a ser risíveis se considerarmos que tais práticas ocorreriam dentro de um contexto legal sob os olhares daqueles custeados para operacionalizar a lei.

Não reonhecimento dos conselhos, má utilização de recursos públicos e falta de fiscalização

Destaca-se, entre os que consideram a constelação familiar como farsa, seu não-reconhecimento a por parte de médicos, psiquiatras e psicólogos devido à falta de comprovação científica. Ressaltam que o Conselho Federal de Medicina e o Conselho Federal de Psicologia são contrários a essa abordagem. Criticam o investimento de recursos públicos em práticas baseadas na “fé”. Também mencionam a falta de fiscalização e orientação sobre essas atividades.

Na Audiência Pública realizada no Senado Federal sobre Constelação Familiar e Cura Sistêmica, destacou-se a notável contribuição dos médicos José Miguel de Deus e Vânia Meira e Siqueira Campos na área da saúde. Eles lideram um grupo mensal de constelações familiares desde 2006, inicialmente focado no tratamento de pacientes com dor pélvica crônica no Ambulatório de Ginecologia do HC. O grupo cresceu significativamente, agora reunindo uma média de 150 participantes em cada encontro mensal. Em 2016, o projeto beneficiou um total de 1.763 pessoas.

Na contramão das críticas, propostas para criação de comissões e regularização da profissão

Nesta audiência, propôs-se, entre outras coisas, a criação de comissões para estudar e desenvolver métodos dentro de instituições, evitando-se assim gastos desnecessários de recursos públicos na implementação de políticas em órgãos públicos e promovendo a expansão do conhecimento. Já na Câmara dos Deputados, tramita o Projeto de Lei n. 4.887/2020, que busca regulamentar a profissão de Constelador Familiar Sistêmico ou Terapeuta Sistêmico.

Destaca-se que a constelação familiar é difundida em mais de 50 países, sendo empregada em pelo menos 16 Estados brasileiros e no Distrito Federal. Segundo informado na audiência, no Brasil há 117 comissões de direito sistêmico de advocacia, 20 delas estaduais, incluindo o Distrito Federal. Estas comissões desempenham um papel eficaz no desenvolvimento de uma advocacia fundamentada na Cultura da Paz.

Ranço machista

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